sábado, 31 de maio de 2014

Vinhos Verdes


VINHOS VERDES DE PORTUGAL


O Vinho Verde é único no mundo. Um vinho naturalmente leve e fresco, produzido na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, no noroeste de Portugal, uma região costeira geograficamente bem localizada para a produção de excelentes vinhos brancos. Berço da carismática casta Alvarinho e produtora de vinhos de lote únicos, a Região dos Vinhos Verdes festejou em 2008 o centenário da sua demarcação.
Com baixo teor alcoólico, e portanto menos calórico, o Vinho Verde é um vinho frutado, fácil de beber, óptimo como aperitivo ou em harmonização com refeições leves e equilibradas: saladas, peixes, mariscos, carnes brancas, tapas, sushi, sashimi e outros pratos internacionais.
A flagrante tipicidade e originalidade destes vinhos é o resultado, por um lado, das características do solo, clima e factores sócio-económicos da Região dos Vinhos Verdes, e, por outro, das peculiaridades das castas autóctones da região e das formas de cultivo da vinha. Destes factores resulta um vinho naturalmente leve e fresco, diferente dos restantes vinhos do mundo.


Texto : Fonte Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes

terça-feira, 27 de maio de 2014

Maior prova de vinhos do Brasil escolhe os 20 melhores rótulos nacionais



Maior prova de vinhos do Brasil escolhe os 20
melhores rótulos nacionais





Vinhedo no Rio Grande do Sul: plantio de uvas no Brasil não chega a 25% da área destinada ao cultivo na Argentina e no Chile
Foto: Divulgação


Vinhedo no Rio Grande do Sul: plantio de uvas no Brasil não chega a 25% da área destinada ao cultivo na Argentina e no ChileDIVULGAÇÃO
RIO - O tão aguardado resultado da maior prova de vinhos brasileiros já feita no país (s de 856 rótulo108 vinícolas de sete estados brasileiros) será divulgado nesta quarta-feira à tarde, na Expovinis, em São Paulo, e deverá espocar mais alto do que uma rolha de espumante nacional, claro. É que a terceira edição do Anuário Vinhos do Brasil, uma publicação da Editora Baco e o Ibravin Instituto Brasileiro do Vinho), lista os 20 melhores vinhos nacionais segundo a avaliação de 12 especialistas (entre eles, Deise Novakoski, do GLOBO). E, sem querer estragar a festa de ninguém, conseguimos a lista dos vencedores, que divulgamos em primeira mão.
Melhor pinot noir? O da RAR, Serra Gaúcha, uma das parcerias da Vinícola Miolo, que mereceu 86 pontos. Espumantes? Foram muitos. O Cave Geisse, vinícola do município de Pinto Bandeira, Rio Grande do Sul, levou dois títulos: o de melhor espumante brut, com o exemplar de 1998 e o o melhor nature, da safra 2001.
Mas há gratíssimas surpresas. O cabernet sauvignon da pequena Moça Faceira, da Vinícola da Figueira, em Florianópolis, foi eleito o melhor exemplar da casta do ranking, com 90 de pontuação, deixando para trás pesos-pesados como a Dal Pizzol, Aurora... Moça Faceira é um vinho de garagem mesmo, ao pé da letra: é feito na garagem da casa do produtor, Rogério Gomes, que vinifica uvas de vindas de grandes altitude, como dos arredores de São Joaquim.
E não foi o único exemplar a surpreender na avaliação. Na categoria merlot, a renomada vinícola Pizzato, do Vale dos Vinhedos, aparece dividindo o o título de melhor da casta com a Casa Geraldo, uma pequena vinícola em Andradas, em Minas Gerais. É tocada por imigrantes italianos, que há 30 anos plantaram as primeira vinhas nessa região que não tinha qualquer tradição na produção de vinhos. Isso é passado. Os dois exemplares de merlot nacionais ganharam 90 de pontuação. Mas foi o marselan da vinícola gaúcha Cainelli quem levou a nota mais alta: 92 pontos
Além do número recorde de vinhos inscritos (o dobro do ano passado), o que mais impressionou Marcelo Copello, 20 anos de vivência no ramo, foi a qualidade dos vinhos concorrentes.
— Tivemos 427 vinhos com média de 84 pontos ou mais, o que significa que praticamente todas as vinícolas que passaram pela nossa avaliação apresentaram algum vinho de bom nível — elogia Copello.
País cultiva menos uvas que Argentina e Chile
O Anuário 2014 mostra ainda o quanto a viticultura brasileira está se expandindo nos ultimos anos. Hoje, há vinhedos fruticando e rendendo (bons) vinhos em estados como Goiás, Espirito Santo, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso, Paraná, Vale do São Francisco e Minas Gerais (caso o merlot da Casa Geraldo).
No Brasil. são 45 mil hectares de áreas cultivadas com videiras. Só para situar, a Argentina conta com 218 mil e Chile, com 202 mil. Somos hoje o décimo no mundo em cultivo de uvas. O Rio Grande do Sul detém 90% da produção brasileira de vinhos, que ano passado chegou aos 57 milhões de litros e mais 64,8 milhões de litros de sucos de uvas naturais. A área cultivada no estado é de 41.076,33 hectares, sendo que 88% são de uvas americanas e híbridas para consumo in natura e sucos e 125 hectares de uvas viníferas.
O consumo de vinhos continua baixo no país: média de dois litros per capita por ano. Mesmo assim, importamos 72 milhões de litros de vinhos em 2013 majoritariamente do Chile, Argentina, Portugal, Itália e França. Nos últimos anos, Ibravin e produtores brasileiros têm investido forte no mercado internacional. Os vinhos brasileiros já estão presentes nos supermercados e lojas especializadas do Canadá, Reino Unido, Alemanha, Finlândia, Holanda, Colômbia, Paraguai, China e Japão.
A pequena Lidio Carraro, em Bento Gonçalves, que assina a linha Faces, que é o vinho oficial da Copa do Mundo, está com a sua linha nas gôndolas da loja francesa Monoprix. E nem são os primeiros produtores de vinhos nacionais a cruzarem fonteiras: a Lidio Carraro, desde 2005 vende para 30 países da Europa. Seu merlot 2005 ganhou 93 pontos da especialista inglesa Jancis Robinson e elogios de Steve Spurrier, da revista inglesa “Decanter”.
Impostos chegam a 67% por garrafa
Os vinhos da Miolo são outros que estão mundo afora. Ano passado, passaram a ser vendidos em supermercados como o inglês Waitrose, e lojas como a Marks& Spencer, que arrematou um lote de 30 mil garrafas do tinto Alísios do Seival, produzido em Candiota, na fronteira com o Uruguai. Outros exemplares “made in Brazil” estão na mesma M&S, caso do espumante Bubbles Mocasto e do tinto Teroldogo da vinícola Salton, também da Serra Gaúcha.
— A diversidade de uvas é o nosso maior trunfo. A merlot é a uva emblemática do Brasil, mas, como somos novos, podemos experimentar — diz o enólogo Eduardo Valduga, terceira geração de produtores vinhos da Serra Gaúcha.
A colheita desse ano ficou na casa das 650 mil toneladas de uvas (20% menos do que o ano passado, por conta de granizos e geadas do inverno e o excesso de calor no verão). Quanto às cifras salgadas dos vinhos brasileiros (quando comparadas aos importados) o motivo independe deles: produtores pagam 67% de impostos por cada garrafa. Só para se ter uma ideia, no Uruguai não chega a 22% de taxas.

Fonte : Infoglobo comunicação e participações s.a